Revista
46
21 Setembro 2023
Edição de Maria Trincão Maia
Ficha Técnica
Os artigos são da inteira responsabilidade do autor.
EDITOR
Maria Trincão Maia
DESIGN E PaGINAÇÃO
Sofia Batalha e Maria Trincão Maia
revisão
Margarida Trincão e Quelinha Caetano
crédito das fotos
Unsplash.com e fotografias dos autores
6º ciclo - 2023
Revista 41 - 1 de Fevereiro
Revista 42 - 21 de Março
Revista 43 - 1 de Maio
Revista 44 - 21 de junho
Revista 45 - 1 de Agosto
Revista 46 - 21 de Setembro
Revista 47 - 1 de Novembro
Revista 48 - 21 de Dezembro
5º ciclo - 2022
Revista 33 - 1 de Fevereiro
Revista 34 - 21 de Março
Revista 35 - 1 de Maio
Revista 36 - 21 de junho
Revista 37 - 1 de Agosto
Revista 38 - 21 de Setembro
Revista 39 - 1 de Novembro
Revista 40 - 21 de Dezembro
Edição 46
O outono chega, fica para trás a silly season, a época do ano que tanto se anseia. O verão foi e veio, de uma forma atípica, no meu sentir parece que chegou devagar e com força e foi se embora depressa. Há muito que sinto o pulsar do outono, a luz que muda. A luz de outono é desde de sempre a minha favorita. Uma luz quente, intimista, que envolve o mundo e volta como uma sala quente e aconchegante. Existe sempre uma pincelada de magia, como se na altura que tudo morre a vida se torna pulsante.
Outono – Editorial
Maria trincão maia
Para mim o outono é casa.
Mas o que para uns é uma segurança, para outros torna-se preocupante, o que do conforto da certeza da minha casa é mágico, para quem está nas ruas, empurrado pelo capitalismo dilacerante, torna-se o começo de algo ainda mais desconfortável. Vivemos uma crise da habitação inacreditável, as atrocidades repetem-se dia após dia.
O Desejo de Reconciliação, de Regressar a Casa e as Histórias que Contamos
Susana Cravo
Estabeleceu-se o dia 9 de Agosto como o Dia Internacional dos povos Indígenas. Este dia foi proclamado na resolução 49/214 adotada na Assembleia Geral da ONU de 23 de Dezembro de 1994 e procura chamar a atenção para os Povos Indígenas, estimados entre 370 e 500 milhões de pessoas em todo o mundo (ONU, Agosto de 2023).
Cartografia do livro “O Santuário”
PARTE II
Sofia Batalha
História da quase extinção da floresta nativa Portuguesa
Podemos constatar essa alienação numa breve revisão da história da quase extinção da floresta nativa portuguesa, encontrando comportamentos extrativistas e profanadores repetidos à exaustão desde a antiguidade. Claro, indícios dessa relação baseada no medo estão em todos os contos populares europeus que consideram a Floresta um lugar monstruoso e perigoso, onde nos podemos perder, ferir e até morrer – carregando débeis e indecifráveis fios de revelação e iniciação.
Colunas desta Edição
Mitologia Criativa
ÉLIA GONÇALVES
“As Canções do fim do verão”
3 min. leitura
Ciclos da Terra e da Alma
IRIS LICAN GARCIA
“Quem és?“
2 min. leitura
Biografia dos dias sem princípio
INÊS PECEGUINA
“Me, myself and I: da pessoa-epílogo à pessoa-prólogo”
PARTE III
2 min. leitura
O Canto do Verbo
ANA ALPANDE
“Hoje”
1 min. leitura
Onde mora o coração, histórias e paisagens
ANA SEVINATE
“Uma Figueira Mora Aqui”
3 min. leitura
Mil-em-Rama
MARISTELA BARENCO
“As bases amorosas da Vida”
2 min. leitura
Ecoespiritualidade
JORGE MOREIRA
“Como seria o mundo se pudéssemos ver”
1 min. leitura
Estórias Simples
PATRÍCIA ROSA-MENDES
“Agosto da Colheita”
5 min. leitura
O Cântico dos Cânticos
AMALA OLIVEIRA
“Piar de Coruja e o Ritual da Lua Cheia”
2 min. leitura
Entrelaçamentos Inegáveis
TELMA LAURENTINO
“Hidrocosmos, correntes abissais e lágrimas”
3 min. leitura
O teimoso coração grita que é fundamental esta revista, ter um chão para estas vozes, um corpo para poderem ecoar em conjunto, cada uma na sua tonalidade, vibração e ritmo.
Apesar de todo o trabalho e tempo entregue a coser cada edição.
Que possamos usufruir em conjunto das histórias, corpos e questionamentos que aqui se ancoram, que nos possamos desdobrar e desconstruir as nossas crenças tão lineares da realidade.
Maria Trincão Maia
Editora da Revista
Pessoa, às vezes. À procura de alguma coisa que não sabe o que é. Caminhante por margens, que às vezes anda de carro ou bicicleta elétrica. Uma espécie de estudante e uma estudante de espécie. Designer mas não sabe de que... ainda. Porém, quase preferencialmente: uma metamorfose ambulante.
- instagram.com/maria.trincao.maia