Revista

46

21 Setembro 2023

Edição de Maria Trincão Maia

Ficha Técnica

Os artigos são da inteira responsabilidade do autor.

EDITOR

Maria Trincão Maia

DESIGN E PaGINAÇÃO

Sofia Batalha e Maria Trincão Maia

revisão

Margarida Trincão e Quelinha Caetano

crédito das fotos

Unsplash.com e fotografias dos autores 

Edição 46

O outono chega, fica para trás a silly season, a época do ano que tanto se anseia. O verão foi e veio, de uma forma atípica, no meu sentir parece que chegou devagar e com força e foi se embora depressa. Há muito que sinto o pulsar do outono, a luz que muda. A luz de outono é desde de sempre a minha favorita. Uma luz quente, intimista, que envolve o mundo e volta como uma sala quente e aconchegante. Existe sempre uma pincelada de magia, como se na altura que tudo morre a vida se torna pulsante.

Outono – Editorial

Maria trincão maia

Para mim o outono é casa.

Mas o que para uns é uma segurança, para outros torna-se preocupante, o que do conforto da certeza da minha casa é mágico, para quem está nas ruas, empurrado pelo capitalismo dilacerante, torna-se o começo de algo ainda mais desconfortável. Vivemos uma crise da habitação inacreditável, as atrocidades repetem-se dia após dia. 

O Desejo de Reconciliação, de Regressar a Casa e as Histórias que Contamos

Susana Cravo

Estabeleceu-se o dia 9 de Agosto como o Dia Internacional dos povos Indígenas. Este dia foi proclamado na resolução 49/214 adotada na Assembleia Geral da ONU de 23 de Dezembro de 1994 e procura chamar a atenção para os Povos Indígenas, estimados entre 370 e 500 milhões de pessoas em todo o mundo (ONU, Agosto de 2023).

Cartografia do livro “O Santuário”

PARTE II

Sofia Batalha

História da quase extinção da floresta nativa Portuguesa

Podemos constatar essa alienação numa breve revisão da história da quase extinção da floresta nativa portuguesa, encontrando comportamentos extrativistas e profanadores repetidos à exaustão desde a antiguidade. Claro, indícios dessa relação baseada no medo estão em todos os contos populares europeus que consideram a Floresta um lugar monstruoso e perigoso, onde nos podemos perder, ferir e até morrer – carregando débeis e indecifráveis ​​fios de revelação e iniciação.

Colunas desta Edição

Mitologia Criativa

ÉLIA GONÇALVES

“As Canções do fim do verão”
3 min. leitura

Ciclos da Terra e da Alma

IRIS LICAN GARCIA

Quem és?
2 min. leitura

Biografia dos dias sem princípio

INÊS PECEGUINA

“Me, myself and I: da pessoa-epílogo à pessoa-prólogo”
PARTE III
2 min. leitura

O Canto do Verbo

ANA ALPANDE

“Hoje”
1 min. leitura

Onde mora o coração, histórias e paisagens

ANA SEVINATE

“Uma Figueira Mora Aqui”
3 min. leitura

Mil-em-Rama

MARISTELA BARENCO

“As bases amorosas da Vida”
2 min. leitura

Ecoespiritualidade

JORGE MOREIRA

“Como seria o mundo se pudéssemos ver”
1 min. leitura

Estórias Simples

PATRÍCIA ROSA-MENDES

“Agosto da Colheita”
5 min. leitura

O Cântico dos Cânticos

AMALA OLIVEIRA

“Piar de Coruja e o Ritual da Lua Cheia”
2 min. leitura

Entrelaçamentos Inegáveis

TELMA LAURENTINO

“Hidrocosmos, correntes abissais e lágrimas”
3 min. leitura

O teimoso coração grita que é fundamental esta revista, ter um chão para estas vozes, um corpo para poderem ecoar em conjunto, cada uma na sua tonalidade, vibração e ritmo.

Apesar de todo o trabalho e tempo entregue a coser cada edição.


Que possamos usufruir em conjunto das histórias, corpos e questionamentos que aqui se ancoram, que nos possamos desdobrar e desconstruir as nossas crenças tão lineares da realidade.

Maria Trincão Maia

Maria Trincão Maia

Editora da Revista

Pessoa, às vezes. À procura de alguma coisa que não sabe o que é. Caminhante por margens, que às vezes anda de carro ou bicicleta elétrica. Uma espécie de estudante e uma estudante de espécie. Designer mas não sabe de que... ainda. Porém, quase preferencialmente: uma metamorfose ambulante.

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