Revista
43
1 Maio 2023
Edição de Sofia Batalha
Ficha Técnica
Os artigos são da inteira responsabilidade do autor.
EDITOR
Sofia Batalha
DESIGN E PaGINAÇÃO
Sofia Batalha e Maria Trincão Maia
revisão
Margarida Trincão e Quelinha Caetano
crédito das fotos
Unsplash.com e fotografias dos autores
6º ciclo - 2023
Revista 41 - 1 de Fevereiro
Revista 42 - 21 de Março
Revista 43 - 1 de Maio
Revista 44 - 21 de junho
Revista 45 - 1 de Agosto
Revista 46 - 21 de Setembro
Revista 47 - 1 de Novembro
Revista 48 - 21 de Dezembro
5º ciclo - 2022
Revista 33 - 1 de Fevereiro
Revista 34 - 21 de Março
Revista 35 - 1 de Maio
Revista 36 - 21 de junho
Revista 37 - 1 de Agosto
Revista 38 - 21 de Setembro
Revista 39 - 1 de Novembro
Revista 40 - 21 de Dezembro
Edição 43
No site da C.M. de Mirandela, encontramos trechos de um texto de Ernesto Veiga de Oliveira, que descreve o costume do povo português sobre o 1º de Maio. O Dia das Maias comemora-se em Portugal na colocação das «Maias», giestas ou flores em portas e janelas. Colocam-se as giestas a dia 30 de Abril, para que as casas estejam floridas no momento em que começa o dia, para as entidades nocivas do «Maio», o «Carrapato» ou o «Burro» não entrarem. No mesmo artigo é referido que a Maia poderia ser uma boneca de palha de centeio, em volta da qual havia danças pela noite dentro, no primeiro dia de Maio; mas também poderia ser uma menina vestida de branco e coroada com flores, sentada num trono florido e venerada, todo o dia, com danças e cantares. Outros dizem que o nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas com flores amarelas. Todos rituais pagãos ligados aos ritos da fertilidade e aos ciclos sazonais, tendo sido proibido várias vezes, tal como no ano de 1402, por Carta Régia de 14 de Agosto, onde se determinava que as autoridades “impusessem as maiores penalidades a quem cantasse Maias ou Janeiras e outras coisas contra a lei de Deus…”
O artigo sobre as Giestas da Wilder.pt, clarifica as diferenças entre as giestas nativas e as invasoras, tal como as Acácias. O arbusto nativo, o mesmo artigo refere, que “a giesta-amarela é utilizada com planta medicinal para questões de pele, na produção de mel, na fertilização de solos, e serve de alimento e de cama para o gado. Os ramos podem ser usados para fazer cestos, escovas e vassouras.” Aqui também são referidas qualidades da giesta brava ou das serras: “Para além da sua condição de “planta mágica”, entre elas, destaca-se o uso como planta medicinal para aliviar a febre ou os problemas respiratórios. No passado, os seus ramos ajudavam a aquecer o forno ou para fazer vassouras.”
Nesta edição da revista temos inestimáveis artigos que abrem portas a diferentes perspectivas sobre o luto e práticas eco-espirituais.
Que vos inspirem tanto como a mim, que estes artigos-giesta esconjurem e varram da nossa psique a negação do entrelaçamento. Que saibamos identificar as giestas invasoras, os pensamentos e perspectivas que abafam e silenciam a diversidade nativa.
Bem-estar do infortúnio: aceitar o desastre ecológico
CHRIS ROBERTSON
Neste artigo quero reimaginar o que poderá evitar que nos afundemos num desespero indefeso à medida que o nosso mundo se desmorona. E o mundo tal como o conhecemos está a mudar rapidamente. Em vez de nos empenharmos apenas em tentar evitar esta catástrofe, quero explorar o que acontece psicologicamente se também o aceitarmos. A minha conjectura é que a nossa aceitação dos sentimentos que acompanham as fantasias aterradoras sobre a catástrofe ecológica pode transformar a nossa experiência do acontecimento real.
Viver com o Labirinto
PRAXIS ECOSPIRITUAL
JACQUELINE KURIO
Comecei o labirinto nas últimas semanas da sua vida, transportando rochas dos campos à volta da casa até que uma pequena montanha se formou. Cheguei a casa um dia depois de o ter visitado e expus o esqueleto do desenho do labirinto de uma só vez, sentindo o varrimento das curvas dos meus membros enquanto media e colocava pedras do que me parecia ser a memória celular.
Terraformar e o Dia da Terra
Sofia Batalha
Aqui no norte global, O Dia da Terra é um evento anual a 22 de Abril que demonstra o apoio à “protecção ambiental.” Para chegar à necessidade e celebração deste dia, trilhamos um longo caminho de separação e desmembramento. Nos parágrafos seguintes abrimos alguns estreitos alçapões sobre a trama de crenças ocidentais modernas sobre a Terra e o conceito de Terraformação.
Altar
Ana Catarina Infante
Sinto a luz do sol a serpentear, como a água de um rio, e a invadir, naturalmente, gentilmente, todas as células e todas as vidas dos meus dias. Sinto o seu cheiro, o seu toque na pele e nas minhas vísceras, para além daquilo que a limitação dos meus olhos conseguem ver. Consigo ouvir o aumento progressivo desta energia vital em tudo o que me rodeia. Ouço, também, dentro de mim, a sua voz.
A descoberta de Vocífera
Maria João Lucas
Apesar de falar e cantar, mesmo sem voz todos os animais da floresta a entendiam bem, misturava-se com todos sem qualquer medo, respeitando sempre as distâncias de cada um no seu espaço vital. Havia dois que a acompanhavam mais de perto, a sinuosa serpente que se escondia nas imemoriais pedras quentes, durante o dia e a pequena raposa de pelagem mutante, parda na primavera, vermelha no outono e branca no inverno, durante a noite.
Colunas desta Edição
Coluna
IRIS LICAN GARCIA
Coluna
ANA ALPANDE
Coluna
ANA SEVINATE
Coluna
MARISTELA BARENCO
Coluna
JORGE MOREIRA
Coluna
PATRÍCIA ROSA-MENDES
1º de Maio – o Dia das Maias comemora-se em Portugal pela colocação das «Maias», giestas ou flores em portas e janelas.
Nesta edição da revista temos inestimáveis artigos que abrem portas a diferentes perspectivas sobre o luto e práticas eco-espirituais.
Que vos inspirem tanto como a mim, que estes artigos-giesta esconjurem e varram da nossa psique a negação do entrelaçamento. Que saibamos identificar as giestas invasoras, os pensamentos e perspectivas que abafam e silenciam a diversidade nativa.
Sofia Batalha
Eco-Mitologia e Ecopsicologia; Fundadora e Editora da Revista
Mamífera, autora, mulher-mãe, tecelã de perguntas e desmanteladora o capitalismo-global-colonial-tecnológico um dia de cada vez. Desajeitada poetiza de prosas, sem conhecimentos gramaticais. Peregrina pelas paisagens interiores e exteriores, recordando práticas antigas terrestres, em presença radical, escuta activa, ecopsicologia, arte, êxtase, e escrita.
Certificada em Ecopsicologia e Mitologia Aplicada pela Pacifica University, nos EUA. Identifico-me como pós-activista, fazendo parte do Advisory Board da The Emergence Network.
*Homenagear hystera. Recordar a capacidade de resposta. (des)aprender em conjunto.
Podcast Eco-Mitologia
Autora de 11 livros & 2 (Des)Formações
Website . Instagram . Substack . Serpentedalua.com
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