Revista
33
1 fevereiro 2022
Edição de Sofia Batalha
Ficha Técnica
Os artigos são da inteira responsabilidade do autor.
EDITOR
Sofia Batalha
DESIGN E PaGINAÇÃO
Sofia Batalha e Maria Trincão Maia
revisão
Margarida Trincão e Quelinha Caetano
crédito das fotos
Unsplash.com e fotografias dos autores
6º ciclo - 2023
Revista 41 - 1 de Fevereiro
Revista 42 - 21 de Março
Revista 43 - 1 de Maio
Revista 44 - 21 de junho
Revista 45 - 1 de Agosto
Revista 46 - 21 de Setembro
Revista 47 - 1 de Novembro
Revista 48 - 21 de Dezembro
5º ciclo - 2022
Revista 33 - 1 de Fevereiro
Revista 34 - 21 de Março
Revista 35 - 1 de Maio
Revista 36 - 21 de junho
Revista 37 - 1 de Agosto
Revista 38 - 21 de Setembro
Revista 39 - 1 de Novembro
Revista 40 - 21 de Dezembro
Edição 33 – Remembrar os Ossos
Esta edição, no novo formato, traz o registo do evento gratuito “Viver em imanência”, promovido pelo colectivo Remembrar os Ossos. Um ciclo gratuito de 4 encontros experimentais, num convite colectivo a práticas e reflexões sobre a pertinência da vida e a crise de percepção actual.
Tempo, Sagrado e Saudade
Íris Lican Garcia
Que tempo é este que celebramos e porque o fazemos? Se há fome na Alma onde lhe encontramos sentido? Uma conversa sobre como a relação com o tempo simbólico traduz pertença ao tempo de vida e ao propósito de quem nos estamos continuamente tornando.
O Desencontro dos Fios
Élia Gonçalves
Quanto se perde quando nos habituamos a olhar as estórias familiares como algo sobre nós, que nos enalteceu ou prejudicou, colocando-nos no centro da tela? O que se ganha quando a estória não é sobre nós e nos coloca como um fio que pertence a uma trama há muito tecida? Um olhar sobre linhagem, pertença e herança comunitária.
Descolonizar a Imaginação
Ana Alpande
Lançamos a proposta de neste encontro ir à procurade possibilidades de diálogo entre o espaço familiar e a imaginação.
Dialogar com o Futuro
Sofia Batalha
Um convite ao diálogo crítico e imaginativo com o futuro.Mantemo-nos em ligação aos territórios futuros subjectivose misteriosos. Abrimo-nos ao que emerge em comunidade, vitalidade e flexibilidade. Sustemos a diferença e toleramos o conflito.
Artigo
MARIA TRINCÃO MAIA
Artigo
CLÁUDIA RODRIGUES
Coluna
INÊS PECEGUINA
Coluna
VASCO BAIÃO
Coluna
ANA SEVINATE
Coluna
MARISTELA BARENCO
EDITORIAL
Remembrar os Ossos
2 MIN DE LEITURA
Reflexões sobre a actual crise de percepção.
Reintegrar o Corpo no Lugar.
Um convite a alimentar a diversidade, desconstruindo a identidade portuguesa.
Do seu trabalho e das suas vidas, somos quatro mulheres em busca de um compromisso profundo e sincero e de uma linguagem de construção e desconstrução.
Damos voz à urgência de questionar e descolonizar para transformar.
Localizadas no sudoeste da Europa, em Portugal, reunimo-nos como um colectivo de diversas personificações-vozes para reflectir, difundir e levantar o véu sobre pressupostos “normais” nesta cultura em particular.
A partir de alternativas, a história passa para as muitas camadas de normas sociais, passando pela espiritualidade e religião. O nosso objectivo é estabelecer diálogos vivos sobre temas complexos: justiça social, lugar, trauma intergeracional, normatividade, género, pensamento absoluto, para citar alguns. Votados em muitos tons que provêm das nossas experiências pessoais, ressonâncias corporais, traumas vividos e consciência empenhada, temos vindo a abrir espaço a outros para (re)considerar os seus pontos de vista.
Com o objectivo de reacender a nossa ligação à paisagem, explorando um verdadeiro sentido de pertença à teia intrincada de relações misteriosas que mantêm a vida unida.
Ao fazê-lo, tentamos humildemente repensar e redefinir o significado de comunidade na nossa cultura ocidental, e como podemos reivindicar um verdadeiro sentido de interligação.
Estes diálogos são realizados na nossa língua nativa, o português, sendo um aspecto fundamental da mesma.
Estamos a dar sentido à nossa cultura e à nossa língua, com toda a sua riqueza, para nos movermos de forma diferente. Embora abordemos temas específicos em cada episódio do podcast, estamos sempre a abrir espaço para mudar as relações particulares no seio deste sistema cultural e social.
Ana Alpande
Somos culturalmente levados por uma obsessão violenta de descobrir quem somos, na extensa e exaustiva procura de uma definição fixa e segura de identidade. Quando nos ligamos aos nossos ossos e ao nosso património intrínseco, temos activamente o espaço para restabelecer uma ligação mais profunda com o local onde estamos, e a multiplicidade de histórias, identidades e relações que orgânica e activamente nos cruzam e transformam. Estamos em busca de reacender a nossa pertença à teia misteriosa da alma do mundo.
Élia Gonçalves
Vivemos em tempos em que a cultura da posse, substituição, destruição e extinção se tornaram os mitos pelos quais vivemos, como consequências naturais e esperadas da nossa passagem pelo mundo. Mas existem memórias mais antigas, pelas quais a nossa alma anseia. Dedicamo-nos a reclamar histórias e corpo, e a cantar novas narrativas de pertença e responsabilidade.
Íris Lican
A pergunta mais rica que talvez possamos fazer, sempre sem resposta, mas sempre contínua e dinamicamente viva, é: como as primeiras pessoas viram a experiência de viver dentro de um ser vivo?
Ali mesmo, no centro desta questão, está a desconstrução de quaisquer dogmas, comportamentos ou padrões sociais que trabalham inorgânicos, não servindo a vida como um todo. O humano e não humano, visível e invisível como fonte e sustento da vida para além de integrar o indivíduo.
Estamos nus, crus, enfrentando inspiração, possibilidade, espanto, resiliência enquanto trabalhamos através da dor, perda e quebrantamento na recuperação da pertença.
Sofia Batalha
Para além da misoginia diária e da inferioridade cultural, há responsabilidades quando a sua consciência está enredada com a alma do mundo. Começa-se a sentir profundamente que o seu conforto é igual à violência. Aqui estamos preocupados tanto em honrar os ossos dos nossos antepassados como em valorizar os que restam aos nossos filhos.
Ouvir o podCast
Ana Alpande
Colunista e Autora regular da Revista
Terapeuta de Trauma, Artista, Astróloga, Contadora de Histórias
A minha missão é dizer não ao desperdício da beleza e procurar contribuir para uma estética que promova a criação de espaços quotidianos que fertilizem o território da Alma.
Actuo como educadora, terapeuta de trauma e facilitadora de grupos terapêuticos de expressão artística e co-regulação emocional.
O principal foco de estudo e reflexão de momento é o trauma individual, transgeracional e colectivo, tendo como pano de fundo a questão do vínculo, nas suas variadas afetações e expressões.
Sofia Batalha
Eco-Mitologia e Ecopsicologia; Fundadora e Editora da Revista
Mamífera, autora, mulher-mãe, tecelã de perguntas e desmanteladora o capitalismo-global-colonial-tecnológico um dia de cada vez. Desajeitada poetiza de prosas, sem conhecimentos gramaticais. Peregrina pelas paisagens interiores e exteriores, recordando práticas antigas terrestres, em presença radical, escuta activa, ecopsicologia, arte, êxtase, e escrita.
Certificada em Ecopsicologia e Mitologia Aplicada pela Pacifica University, nos EUA. Identifico-me como pós-activista, fazendo parte do Advisory Board da The Emergence Network.
*Homenagear hystera. Recordar a capacidade de resposta. (des)aprender em conjunto.
Podcast Eco-Mitologia
Autora de 11 livros & 2 (Des)Formações
Website . Instagram . Substack . Serpentedalua.com
Élia Gonçalves
Colunista e Autora regular da Revista
Psicóloga
Terapeuta Transpessoal
Sub-Direção EDT – Escola Transpessoal
Contadora de Estórias
Mitologia Pessoal Criativa
Autora do Mito de Ophídia
elia.gonçalves@escolatranspessoal.com
Íris Garcia
Colunista e Autora regular da Revista
Sou a Íris. Sou Mãe, Terapeuta e Educadora Psico-Somática, Formadora de Fertilidade Consciente, Yoga Terapeuta, Doula, Mulher Medicina, Herbalista, Artista de Dança, Autora, Investigadora e ecologista. As minhas linguagens primeiras são a Natureza, a escrita e o movimento. Caminho, danço e escrevo desde que me recordo. O que me move é a vontade de cultivar equilíbrio sistémico a partir do respeito pela Natureza intrínseca de cada pessoa e sua experiência íntima e única, em inter-conexão com as suas relações humanas e naturais, desde o lugar do corpo em proximidade orgânica com a Terra Viva.
https://www.instagram.com/irislicangarcia/
https://t.me/coracaodeurtiga - Coração de Urtiga 🌿
Reflexões vivas sobre Terra Corpo como Medicina: eco-filosofia, eco-mitologia, espiritualidade da Terra, herbalismo, movimento, arte e terapia eco-somáticos.