Sétimo ciclo

52

21 Junho 2024

Edição de Maria Trincão Maia

Ficha Técnica

Os artigos são da inteira responsabilidade do autor.

EDITOR

Maria Trincão Maia

DESIGN E PaGINAÇÃO

Sofia Batalha e Maria Trincão Maia

revisão

Margarida Trincão e Quelinha Caetano

crédito das fotos

Unsplash.com e fotografias dos autores 

Edição 52

 

O verão chega oscilante, entre dias frios e chuvosos e calores abrasadores. A minha amiga que vive no Algarve relata-me o calor intenso e constante durante todo o ano. Às vezes quando venta, venta muito e ela mostra-me os vendavais, celebra o pouco que chove. Enquanto mais a norte vemos a chuva a cair com frequência, vi o rio encher muitas vezes e a corrente ser tão forte que os patos seguiam incapazes de subi-la. São duas realidades completamente diferentes, no mesmo país. Pergunto se nos nossos corpos ligados a este território que chamamos Portugal sentimos as diferenças que acontecem. Que se os corpos que vivem no Algarve se sentem para além do que é dito sobre a seca, a terra desidratada e faminta. Se no Alentejo se sente o cansaço da exploração intensa dos solos. Onde sentem os nossos corpos quando o território está doente? Quando há seca, desertificação. Será que somos capazes de perceber? De relembrar? Neste verão que rumamos normalmente a sul, será que somos capazes de sentir o que aquele território em que somos passageiros nos diz?

Bom Verão. 

Mistérios da Salvação

Maria trincão maia

O tipo de documentários que mais gosto de ver são os que se relacionam com seitas. Existe um fascínio sobre quem vai para uma seita, como vai, como o processo sucede e quem é o líder. O primeiro documentário que vi a este respeito foi o de Osho, confesso que tentei ler um livro de Osho e não gostei. Na altura procurava trabalhar a minha intuição, e ele tinha um livro sobre isso e li, mas algo me incomodava profundamente na sua abordagem, arrumei-o e nunca mais lhe peguei. Só muitos anos depois saiu na Netflix o documentário sobre Osho, Wild, Wild, Country. Aconselho a ver, para quem ainda usa chavões de Osho aconselho ainda mais.

Astronautas Adormecidos

Sofia Batalha

Antes de começar, quero trazer duas imagens para alentar e suster este artigo.

  • A primeira, é a da famosa história da Bela Adormecida, no momento do seu sono envolto numa densa floresta de espinhos. 
  • A segunda, é o arquétipo, tantas vezes repetido em filmes, do Astronauta Solitário, sisudo, profundamente ferido emocionalmente pelas perdas e lutos; que aprende a lidar com a intensidade das suas emoções no frio silencioso do espaço sideral, enquanto combate monstros internos e externos. O que supera as forças cósmicas sempre num fato que o protege de ambientes inóspitos.

Colunas desta Edição

Mitologia Criativa

ÉLIA GONÇALVES

A presença do selvagem
4 min. leitura

Ciclos da Terra e da Alma

ÍRIS LICAN GARCIA

A Água nunca se quebra
1 min. leitura

Biografia dos dias sem princípio

INÊS PECEGUINA

“Mãos” – PARTE I
3 min. leitura

O Canto do Verbo

ANA ALPANDE

Sonhando a Humanidade de Volta

Onde mora o coração, histórias e paisagens

ANA SEVINATE

O Peixe que Não Guardava Segredos
4 min. leitura

Mil-em-Rama

MARISTELA BARENCO

Reinventar a Vida!
2 min. leitura

Estórias Simples

PATRÍCIA ROSA-MENDES

“Peregrinação”
5 min. leitura

O Cântico dos Cânticos

AMALA OLIVEIRA

Segredos Obscuros De Eros Insatisfeito
3 min. leitura

Entrelaçamentos Inegáveis

TELMA LAURENTINO

“A minha parte” não pode já estar feita.
3 min. leitura

Ecoespiritualidade

JORGE MOREIRA

“O (Re)nascer da Terra”
3 min. leitura

Onde sentem os nossos corpos quando o território está doente? Quando há seca, desertificação. Será que somos capazes de perceber? De relembrar? Neste verão que rumamos normalmente a sul, será que somos capazes de sentir o que aquele território em que somos passageiros nos diz?

Maria Trincão Maia

Maria Trincão Maia

Editora da Revista

Pessoa, às vezes. À procura de alguma coisa que não sabe o que é. Caminhante por margens, que às vezes anda de carro ou bicicleta elétrica. Uma espécie de estudante e uma estudante de espécie. Designer mas não sabe de que... ainda. Porém, quase preferencialmente: uma metamorfose ambulante.

  • instagram.com/maria.trincao.maia