Equipa
Sofia Batalha
Fundadora e Editora
PÓS-ACTIVISTA, MÃE E TECELÃ DE PERGUNTAS
A mitologia, ecopsicologia, psicologia transpessoal e da libertação, escuta e presença radical, assim como êxtase, animismo e antigas ligações sagradas e práticas contextuais, reflorestam a minha alma. (Re)Aprendo a viver na imanência, na pertença e na consciência.
Sou ‘designer’ por formação académica, professora por acaso, escritora por necessidade visceral, e investigadora independente por curiosidade natural. Mamífera, autora, mãe, mulher e tecelã de perguntas. Desajeitada poetiza de prosas sem conhecimentos gramaticais. Peregrina entre paisagens interiores e exteriores, recordando práticas cósmico-ctónicas em presença radical, escuta activa, eco-mitologia, ecopsicologia, arte, êxtase e escrita.
Certificada em Ecopsicologia, Psicologias Comunitárias e Indígenas, e Mitologia Aplicada, pela Pacifica University, nos EUA. Warm-Data Host da linha sistémica de Nora Bateson. Identifico-me como pós-activista [conceito de Bayo Akomolafe] e faço parte do Advisory Board da The Emergence Network. Em 2022, um dos seus ensaios, The Blind Oracle, foi seleccionado para a Participação Global Doing Things with Stories (DTwS), da ArtEZ University of the Arts, Oxfam, e Radboud University.
Em 2020 lanço o livro “Um Lugar Feliz” e em 2021 o “Pequeno Livro da Imanência”. Em 2022 lanço o livro “Contos da Serpente e da Lua”, uma oferenda à ancestral, selvagem e complexa mitologia ibérica. Em 2023 lanço o livro “Santuário – Ensaios de Eco-Mitologia,” uma humilde oferta, uma libação de palavras às Águas e ao sal, ao chão e à cinza.
Outros projectos que me alimentam
Maria Trincão Maia
Co-editora
DESIGNER DE PRODUTO E RESTAURADORA DE MATÉRIAS
Pessoa, às vezes. Uma introvertida extrovertida, que tem uma complexa bateria social. À procura de alguma coisa que não sabe o que é. Caminhante por margens que, às vezes, anda de carro ou bicicleta elétrica. Uma espécie de estudante e uma estudante de espécie. Designer mas não sabe de que… amante da profissão que escolheu com toda a sua história. Ambiciona a prática de design com base decolonial no ocidente. Olha para produtos como seres vivos contadores que histórias que são mais do que os humanos conseguem compreender. Interessada pela condição de designer para além da sua versão de salvador do mundo e colonizador. Foca a sua pesquisa académica em Design Decolonial e Respectfull Design.
Estudou Design de Equipamento e agora é mestranda em Design para a Sustentabilidade, ambos os cursos na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Estudou Feng Shui no Instituto Macrobiótica de Portugal e especializou-se em Feng Shui Simbólico. Foi professora e tutora dos cursos de Feng Shui sob a coordenação de Sofia Batalha. Trabalhou como Designer de Interiores e Designer de Veículos de Combate a Incêndios. Uma pausa no trabalho permitiu refletir como se relaciona com o mundo e compreendeu a necessidade de reabraçar a sua vertente mais política.
Metamorfose ambulante, criou vários projetos que acabaram por se decompor e em decomposição mantém-se em questionamento e na procura. Passou agora do mental para a matéria e através da relação com as matérias vai encontrando um lugar-tempo para estar. Algo há-de nascer de algum lado talvez.
Esta revista, ‘online’ e gratuita, era um sonho antigo. Com base no ‘know-how’ de design e paginação a ideia de criar uma revista sobre áreas e saberes diferentes foi algo que surgiu há alguns anos. Já no sétimo ano de edição a revista continua agora por caminhos mais selvagens!
A REVISTA ABARCA A ECO-PSICOLOGIA, ECO-FILOSOFIA E ECO-ESPIRITUALIDADE, A DESCOLONIZAÇÃO E MÚLTIPLAS FORMAS DE ARTE.
FALAMOS AGORA DE PÓS-ACTIVISMO MITOLÓGICO E FILOSÓFICO.
O activismo drena, cansa e tende a deixar-nos demasiado tristes e pesados. Há um precipício que separa o hiper-realismo activista, do mistério das coisas. Os activistas encontram-se depressivos e ansiosos pelo excesso de relatos, notícias e constantes relatórios trágicos. Sempre a tentarem encontrar, planear e organizar acções, soluções e agir em responsabilidade. É esgotante.
É fundamental recuperar ferramentas de gestão medial, tanto individual como comunitária, de vínculo e conexão, onde, apesar do luto e da dor que atravessamos como colectivo possamos recriar rituais, histórias e o mistério.
É urgente recordar as práticas cooperativas que sustentam e trazem significado. Os mitos e as experiências vivenciais trazem exactamente isso. E contados na nossa língua nativa, segundo a energia deste território. Trabalhamos com autores locais mas também convidamos a colaboração de outros cantos, experiências e perspectivas para nutrimos e sustentarmos as acções de resiliência e desconstrução necessárias e urgentes na actualidade.