artigo de Roberto Wanalo
koth biro
..…a chuva está a chegar……
1 MIN DE LEITURA | Revista 34
O luto é quando o espírito está perturbado, com uma sede sincera de restituição. Uma turbulência que corre fundo, perturbando as águas que de outra forma ainda estariam paradas. Pequenas fracturas fractais. A dor é um eufemismo.
É pele, esticada ao longo da extensão da nossa vivacidade, dentro da qual a percussão da existência reverbera. Vernáculos silenciosos de sentimento. Limiares de sensibilidade, onde os sinais do éter são alquimizados. Se ao menos a alquimia fosse um passeio no parque.
Muitas vezes, as tensões desenfreadas mantém o nosso sistema nervoso num ponto de asfixia. Em conjunto, as nossas idiossincrasias reflectem a nossa condição interior. Sufocadas.
Tal como a transpiração através da porosidade da nossa pele viva, as nossas queixas vazam. As relações doem. Quando a dor corta, perfura com pungência. À menor provocação, flui para o corpo relacional. As lâminas voam.
Quando o subcutâneo se torna sinfónico, a tristeza é melódica. As águas salinas picam. Salientemente não silenciosa, o luto ocupa o ar. Surpreendentemente desolado. Demasiado duro para respirar. Como as sementes dos doentes nos desertos, algo sedicioso persiste com firmeza, na barriga do desolado. Na desobediência liminar ao sofrimento do solo, a vida expressa a sua sede de água.
Implícito no seio dos fazedores de chuva, o luto da seca é cantado literalmente nas lingagem das nuvens. O seu misticismo encarna a substância que a terra espera. A orquestra da atmosfera é convidada a encontrar e a procurar. Progressões que evocam a humidade, em hospitalidade do mar.
.. .. Auma, b’uwinja? ..koth biro. …
… …. kel’uru dhok e’dala… …
Versão Original
koth biro.
..🎶..rain is coming..🎶..
Grievance is when the spirit is upset, with an earnest thirst for restitution. Turbulence that runs deep, disturbing those otherwise still waters. Small fractures fractal out. Hurt is an understatement.
It is skin, stretched across the extent of our aliveness, within which the percussion of existence reverberates. Quiet vernaculars of feeling. Thresholds of sensitivity, where signals from the ether are alchemized. If only alchemy were a walk in the park.
Oftentimes, unfurled tensions will have our nervous system in a chokehold. In tandem, our idiosyncrasies reflect our interior condition. Suffocated.
Like perspiration through the porosity of our living skin, our grievances leak. Relationships hurt. When pain cuts, it punctures with poignance. At the slightest provocation, it flows into the relational body. Razor blades fly.
When the subcutaneous becomes symphonic, the sorrow is choral. Saline waters sting. Saliently unsilent, grief occupies the air. Deafeningly desolate. Too stiff to breathe.
Like patient seeds at the deserts neath, something seditious steadfastly persists, in the belly of the bleak. In liminal disobedience to the ground’s grimace, life expresses its thirst for water.
Implicit within the rainmakers dirge, the droughts mourning is sang verbatim in the clouds speak. Her mysticism embodies the substance the land hopes for. The atmosphere’s orchestra is invited to find and seek. Progressions that conjure moisture, in hospitality from the sea.
.. .. Auma, b’uwinja? ..koth biro.. …
… kel’uru dhok e’dala.. …
****end****
Tal como a transpiração através da porosidade da nossa pele viva, as nossas queixas vazam. As relações doem.
Roberto Wanalo
Post Growth Fellow
A patchworker, absorbed in the practice of weaving ideas, relationships, and information into fabrics of possibility, he is a sucker for good conversation, and could be anything from an instigator of depth to a catalyst for humor and mischief. He lives in Kisumu, Kenya, where the quiet moments of dawn and dusk are his favorite times for hot beverages and solitude.
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